O surgimento do Movimento
Feminista em meados do século XIX trouxe enormes conquistas para nós mulheres.
Aos poucos fomos adquirindo, através de muita luta o direito de trabalhar,
estudar, votar, escolher quando e como ter filhos. O Feminismo foi fundamental
para que pudéssemos nos libertar das amarras opressoras da sociedade
patriarcal.
Mulheres e homens, nas
sociedades primitivas, viviam em um sistema de comunhão, em que a divisão
social de tarefas não resultava de um oprimindo o outro. Mas, em algum ponto da
história, isso começou a mudar, quando os seres humanos começaram a fixar-se
nos espaços e a constituir “famílias”, criou-se a ideia de propriedade: da
terra, das coisas, da mulher (que passa a ser um objeto do homem). Foi aí que
começou a se disseminar a suposta inferioridade da mulher, pensamento este que
começa a ser colocado em xeque a partir do advento do Feminismo.
Certo! Então, nas sociedades
primitivas mulheres e homens eram tratados com igualdade (chegaram a existir
sociedades matriarcais!); depois os homens decidiram: não! mulheres são
objetos, são propriedades, posso fazer delas o que quiser. Bem mais tarde, as
mulheres disseram: não! não somos objetos, queremos igualdade! - e aí (através
de muita luta) conquistamos vitórias e direitos.
Mas hoje, ainda temos direitos
a serem conquistados? O Feminismo ainda é necessário? Muitas pessoas (inclusive
mulheres!) responderiam negativamente a esta última pergunta. No entanto,
somente no Brasil estatísticas mostram que a cada 15 segundos uma mulher é
espancada, todos os anos mais de 40 mil mulheres são assassinadas, a cada
12 segundos uma mulher é estuprada. Nós mulheres sofremos todos os dias com a
violência praticada por homens que ainda pensam que somos coisas, e como coisas
devemos nos submeter às situações que eles nos impõem.
Todos os dias, como coisas que
somos, nos julgam pelo nosso comportamento, nos dizem como falar, vestir,
relacionar, nos dizem que temos que ter filhos (querendo ou não), nos dizem que
"isso não fica bem para uma mulher", que "em briga de marido e
mulher, não se mete a colher e se ela apanhou, alguma coisa ela deve ter
aprontado"; todos os dias somos obrigadas a ouvir sem reação na rua um
"gostosa", "quero te chupar todinha", ou um simples "moça, você é linda",
afinal objeto não deve reagir, deve no máximo sorrir, como se dependêssemos da
aprovação masculina para sermos lindas.
Agora eu te pergunto: isso está
certo? Claro que não! Por isso tudo é que o Feminismo ainda é necessário, que a
luta das mulheres por igualdade é fundamental para a construção de uma
sociedade justa socialmente.
Por isso convidamos tod@s a
participarem da Oficina do Coletivo Feminista Rosas de Liberdade no VI Festival
de Direitos: "Do silêncio ao grito: porque ser feminista", no dia
01/11/2013, das 15 as 18 horas, no Campus Rondon da UFOPA.
Enquanto houver machismo, o
Feminismo precisa existir!
Mais informações sobre a Oficina e o Festival de Direitos em: festivaldedireitos.blogspot.com